O 1º Fim do Mundo

     09 de Fevereiro ainda e Porto Covo, acordamos pela manhã, e depois de um café, agua pedras salgadas com tosta mista na pastelaria ao lado do Zé Ignacio, fomos ver sol que brilhava por sobre as praias, belíssimas, com suas altas falésias sobre um mar bravo que castigava as pedras,


caminhamos bastante pelas praias e fizemos muitas fotos, e fomos conferir a vila histórica, as casinhas brancas e azuis à luz do sol, que eram poucas e muito bonitas, gatos e velhos gastavam a manhã sob o sol quente daquele dia frio em uma praça pequena. Mais a frente um curioso mercado onde vendiam legumes, frutas e peixes, a vendedora deu explicações sobre uma couve que parece repolho, couvecoração mas é o centro de nossa couve comum, que forma uma bola, havia uma destas no polvo de ontem. 


Voltamos ao Zé, que estava na recepçao, um simpático senhor português de seus setenta anos, nos contou um pouco sobre a geografia do lugar, mais ao sul a Ilha do pessegueiro, que é muito visitada em passeios de barco e as praias da região. Fomos ao sul então por estradas pequenas e curvas, passamos por Vila Nova de Milfontes onde tem uma fortaleza antiga e casas brancas mais modernas, ao lado de um longo estuário de um rio que desenboca ali, o Rio Mira, 


Almograve com suas falésias basálticas de cor escura formando impressionantes formações rochosas, onde haviam vários ninhos de cegonhas. Cabo Sardão onde tem um farol pequeno sobre uma rosa dos ventos, e uma vila de casas brancas e mais falésias altas sobre o mar, e Zambujeira do Mar, simpática cidade pequena com flores amarelas e casas brancas. 
 

Dali pegamos a N120 estrada mais rápida pra descer ao Algarve, antes da divisa comemos um pão de chouriço em um bar de estrada, onde curiosamente os frequentadores falavam sobre o Brasil e os Açores, não entendemos a coincidência e seguimos, passando por Aljezur e o Parque Eólico da Lagoa Funda, com muitos cataventos de energia eólica, como grandes moinhos de vento, se Don Quichote passasse hoje pelos campos de Portugal e Espanha, enlouqueceria com tantos dragões para lutar!
 

Depois da Vila do Bispo chegamos a Sagres, de onde se observa o Cabo de São Vicente à direita, Norte e outra grande falésia ao sul formando espécie de baía em Sagres, o local é impressionante, outrora chamado de fim do mundo, onde D. Infante Henrique construiu a Escola de Sagres, e Gil Eanes partiu para passar o Cabo Bojador, atingindo a Africa SubSaariana, dando início as grandes navegações dos Seculos XIV e XV. Hoje no local há uma espécie de parque dentro das fortalezas da escola, com uma rosa dos ventos que estava oculta até 1919, é um passeio incrível, há locais onde o vento passa por sob as rochas fazendo barulhos fenomenais, belo passeio pelo ponto mais ocidental e sul da europa, onde passamos as últimas horas destas tarde de frio, antes de rumar a Lagos.

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