Lagos à Tavira

Chegamos a Lagos no dia 09 já a noite, pra variar o mesmo corre corre atrás de hospedagem, fomos para um hotel na beira da praia, em frente a Marina de Lagos, era um bom local, mas um pouco caro, perguntamos sobre a pensão Marina Rio, que o guia citava e a recepcionista nos disse que era no centro, voltando um pouco pela avenida da praia, mas que havia outros por lá. 
Voltamos com o carro e parar por alí era bem complicado, entramos em uma rua de pedestres de cidade antiga, e paramos o carro em uma vaga de carga e descarga, em frente a um simpático restaurante, subimos pela rua de pedestres e achamos uma boa pensão, a Mar Azul, a 30 euros o quarto com pequeno almoço, e sem internet, ficamos por alí mesmo, fomos buscar as cousas no carro, aproveitando para comer Mariscos a Bulhão Pato, no restaurante em frente. Voltando ao hotel, arrumações nescessárias e Rui, o gerente nos sugere dois restaurantes para o jantar, o Marina na praia que havíamos visto, uma grande churrascaria, e um pequeno restaurante na parte histórica, típico portugues, optamos pelo segundo onde comemos bacalhau já quase com a casa fechando, e passava na tv o jogo de portugal e argentina.
Após o jantar breve passeio pelas ruas históricas de Lagos cidade do século oito, palco de inúmeras façanhas náuticas dos portugueses, e local do primeiro mercado de escravos da Europa.
No outro dia de manhã pequeno almoço na pensão, e saí pra colocar tíquete no estacionamento de rua, lá tinha-se de comprar o tíquete nessas máquinas automáticas e colocar à vista no carro, como em todo Portugal, percebi depois. No caminho havia um gajo vendendo berbigões, espécie de marisco, a cinco euros dois sacos médios, vendia bem e não falava aonde os tinha pescado, pois assim entregaria o ouro aos clientes, mas quero ver quem é que teria coragem de mergulhar naquela agua gelada as oito da manhã, para catar mariscos, que é o que ele tinha feito.
 
 
Enquanto estava por alí, Tania veio do hotel, aí fomos caminhar e conhecer a cidade melhor durante o dia, passamos por arcos mouros ou romanos não sei, mas bem antigos, e muitos prédios azulejados, vimos o mercado de escravos e um castelo que fica à beira mar com o monumento de Gil Eanes ao lado, na frente disto tudo a uma outra fortaleza, com um clube náutico ao lado, ficamos um pouco fazendo fotos por alí, uma barreira de pedra protege o clube do mar e cria uma passarela boa de se caminhar.
 
 
 
Voltamos ao hotel para retirar as coisas e preparar partida, mas comemos umas lulas em um café para se despedir de tão simpática cidade, muito boa pra esportes náuticos, no verão parece que fica lotada, nos meses de maio e junho deve estar já calor e não ser tão caro como a partir de julho.
 
 
Saímos de Lagos passando pela Praia de Alvor e Portimão, já no Mediterraneo, altas falésias com muitos pássaros que dava para chegar muito perto deles, ao lado da praia, condomínios luxuosos de gosto duvidoso, aquela coisa meio guarujá ou barra da tijuca, gente com grana e mau gosto tem para todo lado. Mas no centro de Portimão muito bonito por sinal, há uma parte histórica e uma praça com azulejos contando várias passagens, inclusive algumas do achamento do Brasil, patrocinado por empresas atuais, e um grande centro cultural pra cima da praça, onde havia uma exposição das fotos do filme de Saramago, que tinha passado dias antes.
 
 
De Portimão fomos para Silves e praticamos o primeiro sobe castelo da viagem, é impressionante o visual e as pequenas escadas que tem de se subir, em dias de chuva deve ser complicado, e na época de guerras os gajos deviam ser bom equilibristas; este em especial havia sido ocupado por mouros que construíram uma grande cisterna que se pode visitar.
 
 
Depois de Silves passamos por Loulé já no fim da tarde, onde há um mercado mouro que já estava fechado, compramos vinho, pão e queijo de cabra da região da serra da estrela, que é um espetáculo dos acepipes lusitanos, para abrir o vinho rodamos um tempão até achar um saca-rolhas para comprar, pois em uma viagem por Portugal é um artigo obrigatório na bagagem.
 
Já a noite fomos para Tavira, bela cidade à beira do Rio Gilão, onde um bombeiro, que é voluntário em todo o Portugal, nos levou até uma possível pensão, mas que estava fechada por ser baixa temporada, a do lado tanbem fechada e só o Residencial Princesa do Gilão, ao lado do rio estava aberto, o que acabou sendo ótima opção, com o belo rio à nossa janela.

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