Então depois de uma manhã ressaquenta, saímos a tarde para Belém, metrô, elétrico 28, saindo da Praça da Liberdade,  passando pela orla do Tejo várias paragens bonitas logo chega-se a Belém,

descemos em uma paragem principal, mas a loja dos melhores pastéis era óbvia, com uma fila imensa na frente, mas a uma pequena constatação vemos que ela andava rapidamente, espero na fila enquanto Tânia fotografa e consigo quatro pastéis, de massa folhada, com recheio de ovo e natas, para pôr açucar e canela por cima, tudo coisas que eu não gosto, não gostei dos tais pastéis, coisa pra doceiro, pra mim, bom melhor nem falar.


Logo a frente vemos o Mosteiro dos Jerônimos, impressionante, uma arquitetura Manuelina pós Barroca pra lá de Rococó, com anjos, demônios, querubins, serafins e mais alguns sem fins,

 
entalhados nas paredes, coisa de louco, dentro do gigante castelo, que é o que parece a nós simples mortais, ainda tem o claustro que já estava fechado, por sorte, pois sou totalmente claustrofóbico, o Museu da Marinha e o Museu de Arqueologia.


Visitamos uma espécie de igreja que estava aberta e o museu de arqueologia, muito bom com a porca da murça em pessoa a nos recepcionar, mais várias peças pré-históricas ibéricas, egipcias, com esfingies sarcófagos e múmias e pequenas peças da arte egipcia e uma olaria romana, que foi descoberta em 1996 +- e até então estava escondida pela areia na foz do Tejo, coisa impressionante; mostra as várias formas de olaria de vasos, telhas e outros objetos cerâmicos dos romanos antigos, que vieram a península ibérica em sua vasta expansão territorial.
Depois do outro lado do castelo estava o museu de Marinha que eu gostaria muito mais de ver, mas já estava fechado. Então fomos pro outro lado da estrada beira mar onde ainda há o Centro Cultural de Belém, que é uma construção moderna, mas com aspectos mouriscos muito claros, fazendo um contraponto ao mosteiro bem interessante, lá dentro tem várias exposições, concertos, lojas e afins, mas só demos uma olhada básica. Gostaria muito de ver um concerto, mas o do dia seria um coro, a orquestra de câmera portuguesa, iria tocar dias depois, aí sim valeria as horas gastas. Na frente do CCB tem um monumento aos navegadores muito bonito, uma estrutura gigantesca de concreto, com todos os grande navegadores portugueses o nosso Cabral incluso, que parece uma caravela adentrando ao mar, no caso o rio Tejo.


Ao lado um restaurante Italiano o Portucalia, pedimos bruscheta e vinho e veio umas espécies de pizza com alho e azeite e outra de tomate, sorte que os preços portugueses são bem camaradas, se não tinha ficado chateado, pois pra pizza tava bem vagaba.
Votamos ao centro, com o mesmo elétrico beira rio, paramos na praça pra pegar um outro tipo bonde que nos levaria a Alfama, o bairro boêmio dos fados, pra finalmente ver o dito cujo, esperamos hora com um frio danado e nada do tal elétrico, então pegamos um taxi, por sorte, saiu o mesmo preço de elétrico, e o motorista muito solícito, nos indicou o melhor fado da região, segundo ele, o D'el Rey, mas realmente foi bom, pois ali não havia turistas, além de nós, poucas mesas, comida ótima e músicos excepcionais, ouvimos o melhor do fado verdadeiro, com umas quatro cantoras diferentes, fora o guitarrista português que tanbem cantava. Comi pataniscas de bacalhau, com arroz de feijão, coisa que achei que não veria por estas terras, e Tania comeu um Bacalhau grelhado com batatas ao murro, que realmente valeram a visita, fora a música que foi especial, o taxista fizera um bom trabalho, nos indicou um bom lugar para comer e ouvir o fado.


Depois disso ainda saimos andando pela Alfama afim de um pouco mais de boêmia e as ruas do lugar são singulares, quase não passa um carro, e nas janelas há sempre um varal, quase sempre com roupas penduradas, mesmo no frio da madrugada. Em uma destas ruas vimos uma porção de pessoas paradas na frente de um lugar estranho, eu disse que parecia uma igreja e Tania não acreditou, entrei e não só era uma igreja, como havia um velório dentro, as pessoas se intrigaram com nossa entrada, mas depois de Tania se explicar que estava notificando as singularidades culturais do país, acharam normal, as fotos.
Continuamos ainda peregrinando pela noite lisboeta e uma música nos chamou atenção, era um bar chamado Trigo Latino, com ótima música de fita, e clientela moderna, tomamos a penúltima garrafa de vinho e voltamos de taxi pro hotel, recomendo esse bar, espero voltar ainda nesta viagem!

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